Jose Francisco, Casa do Peru, 2020
A semana passada, um casal bateu a nossa porta e perguntava se seria possível que fôssemos a casa de um senhor doente, para rezar com ele e seus familiares. Em virtude da situação de isolamento social e quarentena decidimos nos dividir em duas grupos para visitar a casa, em momentos diferentes. Logo na primeira visita foi possível perceber a gravidade do quadro de saúde daquele senhor, chamado Freddie. Muito magro e debilitado, me lembro dele deitado no sofá nos dizendo: "Vou ficar aqui em silêncio rezando com vocês." De mãos juntas e com o terço entre elas, ele acompanhava as Ave Marias, e uma profunda expressão de paz enchia o seu rosto. Graças a Deus, conseguimos contatar um sacerdote para visitar este senhor e ministrar-le os Sacramentos.
Dois dias depois, o senhor Fredie veio a falecer. Lembro que ao receber a notícia do falecimento, me perguntava: "E se nós não estivéssemos aqui naquele dia quando bateram na nossa porta? E se houvéssemos regressado todos para os nossos países em virtude dessa pandemia?" Creio que a resposta que encontrei foi agradecer a Deus por nos permitir ser seus instrumentos e sinais da sua presença e do seu amor para as pessoas que Ele nos confiou.
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